Os insetos da Ordem Phasmatodea são popularmente denominados bicho-pau, por conta da maioria deles apresentarem uma incrível similaridade com fragmentos de madeira. Comprovando a teoria evolutiva e seleção natural de Darwin, este animal se adapta de forma brilhante ao universo da natureza, dispondo de uma excelente camuflagem. Atualmente contamos com 216 espécies descritas para o Brasil.
A maioria das espécies no Brasil são completamente inofensivas,
permanecendo imobilizadas a maior parte do dia, com algumas
exceções, como algumas espécies do gênero Paraphasma que
quando irritados expelem um líquido leitoso de odor muito forte
que pode causar irritação nas vias aéreas.
Muitas espécies, quando adultas possuem asas, e podem voar
caso notem algum possível predador nas proximidades, para
buscar outras fontes de alimento ou para procurar um parceiro.
Outras, simplismente se arremessam no chão para sair do campo
de visão do predador. Estes insetos também tem a magnífica
capacidade de reconstituir membros perdidos. Internamente
as células se reagrupam no formato do membro perdido, e
quando o inseto troca de pele, um pequeno "apêndice" é
formado no lugar do membro. Até então este "apêndice" não
é funcional, mas a próxima vez que o inseto trocar de pele,
o processo é realizado mais uma vez, e então, é reconstituído
um novo membro, com cerca de 30% do tamanho original, no
qual o inseto ja consegue ultilizar para se apoiar ou locomover
novamente. Quanto mais jovem o inseto perde seu membro,
mais ele consegue se regenerar. Por lógica, ele não é capaz
de recuperar membros caso já esteja adulto, pois não trocará
de pele novamente.
São animais noturnos, que geralmente só se movem durante o crepúsculo e a noite. Mas tambem é possível vê-los se alimentando ou copulando durante o dia.
Esta ordem está presente em todos os biomas Brasileiros, mas sua maior disposição é nas florestas úmidas.
Os bichos-pau se alimentam de folhas, brotos, flores, frutas e em alguns casos até seiva. A alimentação varia de espécie para espécie, havendo espécies que se alimentam de uma única planta (monofágicos), no caso de Tithonophasma tithonus. Algumas outras são bem flexíveis em sua alimentação (polifágicos), e aceitam uma grande variadade de plantas. Em regiões urbanas é muito dificil encontrar estes insetos, pois eles precisam de uma grande concentração de plantas para sobreviverem e conseguirem se reproduzir. No Brasil, quase todas as espécies não são Capazes de oferecer riscos para agricultura.
A maioria das espécies se movem a um rítimo de leve balanço, para simular galhos ao vento, outras não dispõe deste artifício.
Quando adultos, geralmente os machos são diferentes das femeas em sua morfologia, e quase sempre menores, com exceções na família Diapheromeridae. As fêmeas, sempre mais robustas, por conta dos órgãos internos responsáveis por sintetizarem os ovos.
Algumas espécies são aladas, podendo efetuar vôos de grande distância como Paraphasma sp., outras com asas pequenas, são capazes apenas de prolongados saltos, ou plainarem, como machos de Cladoxerus cryphaleus. Também há espécies braquípteras, onde há asas, porém sem capacidade de utilizá-las como fêmeas de Pseudophasmatidae sp. Existem também espécies ápteras como Canuleius sp.
O tempo de vida, quando adultos, pode variar muito, mas no geral os machos vivem 165 dias e as fêmeas 250 dias.
No Brasil, as Maiores espécies São Do gênero Otocrania, podendo alcançar incríveis 30cm de corpo. Os menores espécimes são da familia Pseudophasmatidae, com algumas espécies cujo macho atinge no máximo 4,5cm.
Aqui no Brasil, o nome Bicho-pau também pode estar associado a insetos da Ordem Orthoptera> Proscopiidae e Mantodea, devido a sua camuflagem assim como os bichos-pau verdadeiros.
Os bichos-pau se multiplicam através da reprodução ovípara; Na maioria das espécies brasileiras seus ovos são lançados pela fêmea em várias direções com o balançar de seu abdômen, como nos gêneros Cladomorphus ou Cladoxerus. Outras espécies simplismente deixam seus ovos cairem no chão, como espécies do gênero Planudes. Fêmeas do gênero prisopus colam seus ovos sobre a superfície de galhos. Assim, a dispersão desses insetos é variada. Estes ovos, quase sempre muito parecidos com sementes, também tem uma camuflagem impressionante. O ambrião demora para se desenvolver, e nos casos mais rápidos, as ninfas eclodem em cerca de 100 dias. Algumas espécies tem a impressionante capacidade de se reproduzir por partenogênese, isso significa que a fêmea não precisa ter copulado para gerar descendentes, porém, estes, serão cópias exatas da mesma e o embrião demora mais para se desenvolver.
A partir da eclosão, a ninfa apresenta uma semelhança física com o adulto. Logo após a eclosão, a ninfa cresce muito, e fica bem maior doque o ovo que acabara de sair.